Por Igor Matos
A internet está cada vez mais presente em nossa rotina. Ela aproxima pessoas e possibilita acesso a um mundo de informações. Mas quais são seus malefícios? No 12º Congresso Rio de Educação, o psicólogo Rodrigo Lyra e o psiquiatra Adriano Aguiar alertaram sobre problemas ocasionados por esse uso em excesso, que vicia e traz graves consequências.
O Brasil possui 116 milhões de pessoas conectadas à internet, o equivalente a quase 65% da população com idade acima de 10 anos. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad C) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no ano passado. “O problema do uso em excesso da internet é que os vícios clássicos nos levam ao isolamento”, explica Rodrigo Lyra.
Com esse vício, as pessoas têm mais preguiça de ler e pensar, e mais dificuldade de se concentrar. Bolhas de afinidades são criadas e as pessoas passam a querer ouvir apenas aquilo que lhes agrada. A ferramenta que era para unir acaba separando as pessoas.
De acordo com os especialistas, não há como escapar da tecnologia, portanto, para navegar bem no universo da internet, é preciso conhecer os caminhos dela. É preciso levar para a escola uma conversa permanente sobre o que os jovens estão sentindo. Os educadores precisam ter um papel ainda mais ativo na reflexão cultural sobre os efeitos da tecnologia. É papel da escola atuar em conjunto com as famílias, observando os alunos e seus comportamentos.
“O professor deve ficar atento aos alunos e perceber se eles apresentam alguns sintomas como cansaço, depressão e uma atenção excessiva com aparelhos eletrônicos. Nesses casos, o professor, juntamente com os pais, deve ajudar o aluno oferecendo atividades regulares, conversas sobre o assunto e todo suporte necessário para a reversão do quadro”, explica Adriano Aguiar.
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